São Bento José Labre nasceu em Amettes, França, em 25 de maio de 1748. De família camponesa, era o primeiro de 15 irmãos. Foi chamado de "Vagabundo de Deus" ou ainda "O Cigano de Cristo". Aos 18 anos, tentou ingressar na Tropa de Santa Aldegonda. Não conseguiu. Caminhou, então, 60 léguas a pé, tentando em vão a sorte com os monges cistercienses de Montagne na Normandia. Passaram algumas semanas na Cartuxa de Neuville, outras tantas na abadia cisterciense de Sept-Fons. Aos 22 anos, decidiu, fazer-se peregrino e mendigo. Seu mosteiro seria o mundo inteiro. Levava consigo o Novo Testamento, a Imitação de Cristo e o Breviário. No peito, um crucifixo; no pescoço, um terço; e nas mãos, um rosário. Alimentava-se apenas de um pedaço de pão e de algumas ervas, passando a noite ao relento, rezando e meditando. Em 1770 chegou a Roma, misturou-se aos mendigos. Visitou as principais basílicas, especialmente o Santuário de Loreto, ao qual fez onze peregrinações. Morreu em conseqüência dos maus tratos e da absoluta falta de higiene. Um açougueiro recolheu-o já agonizante, caído na rua, e o levou para sua casa. Ali o "Mendigo de Deus" morreu. Foi canonizado por Leão XIII em 1883. Oração Prece do reconhecimento da grandeza de Deus Deus, nosso Pai, São Bento José escolheu o último lugar entre os vossos servidores. Despojou-se até mesmo dos bens mais necessários à existência, como um quarto para dormir, uma mesa para comer... Misturou-se aos mendigos e peregrinos, experimentou na própria carne a solidão, o abandono, a marginalização. Que São Bento nos inspire uma atitude de vida despojada e inquieta! Faça-nos questionar nossas posições adquiridas, nosso modo de vida gasto, envelhecido nossas partes escuras. Por anos e anos a fio, São Bento peregrinou pelas estradas do mundo, como quem "procurasse o invisível". Que vos busquemos através da cada acontecimento, alegre ou triste, desta nossa peregrinação.
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